quarta-feira, 18 de agosto de 2010

[continuação 1.0]

Ela se sentou do meu lado, deitou a cabeça sobre meu ombro.

-Tá amor, agora pode colocar o filme de novo!
-Mas tu já se sente melhor minha linda? – acariciei seu rosto
-Sim, só um pouquinho de enjôo ainda, mas logo passa  – sorriu torto
-Tá bem  - apertei o play e continuamos assistindo o filme

Eu tentava tratá-la bem sempre, não mais brigar por coisas idiotas como brigávamos antes, mas algo estava diferente, não sei se ela sentia o mesmo, mas para mim nada mais é como era antes do tratamento. Eu procurava não deixar transparecer a minha angustia, o meu desanimo, principalmente o meu medo de perdê-la, embora ela estivesse reagindo bem ao tratamento, isso sempre passava pela minha cabeça, e eu não conseguia me ver sem ela.
Nós passamos praticamente a vida inteira juntas, desde a amizade de infância, até cada uma descobrir o que sentíamos uma pela outra, até aprender a lidarmos com o preconceito da nossa família, que aliás demoraram muito pra aceitar o nosso namoro, foi difícil no inicio, mas nós duas fizemos uma promessa uma para a outra, que não íamos deixar nada, nem ninguém e muito menos um preconceito idiota fazer com que a gente termine. E felizmente nosso amor sempre  prevaleceu, graças a Deus.
Só fomos perceber que a família de Marina havia aceitado nosso relacionamento, quando descobrimos sua doença, a minha família nunca aceitou, mas eu não estava nem ai, nunca liguei para o que os outros pensam mesmo,  sempre pensei “que se danem, eu quero mesmo é ser feliz”, e sempre foi isso que eu fiz, ser feliz, por ela e com ela.                               

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