terça-feira, 31 de agosto de 2010

[continuação 1.5]

Enquanto o tempo passava Marina perdia cada vez mais cabelo, ela não aceitava isso, logo  ela que sempre foi tão vaidosa, perder seu cabelo era como morrer aos poucos.  Todas as noites ela me ligava chorando e se lamentando, fora as vezes que ela me ligava pra brigar por coisas sem sentido, e essas brigas sempre me deixava muito irritada, mas eu me controlava e evitava brigar com ela, eu sabia da barra que ela estava passando, eu dava todo meu apoio, eu estava sempre lá, por ela. Várias vezes de madrugada eu ia pra casa dela, tentar confortá-la, ela passava mau durante à noite, vomitando e as vezes até com febre, era só ela me ligar, não importava a hora, eu ia correndo pra lá.

-Anne, acorda! –dizia minha mãe me sacudindo
-Ain, que véia...?
-Tem uma moça querendo falar contigo no telefone
-Puta que pariu!  Que hora é mãe?
- 6 e 45
-Quem é a fdp que me liga de madrugada? –disse irritada pegando o telefone

Era minha colega da faculdade ligando pra avisar que teria ensaio  de manhã antes da aula.
Ah como eu odiava quando alguém me acordava, levantei da cama com um mal humor do cão.
Arrumei minhas coisas, tomei um café bem reforçado, peguei o carro e me fui rumo a faculdade.

Eu estava saindo do carro quando ouvi alguém chamando por mim...
-Anne!
-Eu... –respondi virando pra trás pra ver quem era
-Oi, tudo bem? –era uma das melhores amigas de Marina
-Oi! Tudo bem sim -sorri
-Olha só, eu to atrasada pra aula, só passei pra te entregar isso que a Mari me pediu! –me entregou um envelope
-Ta bom, valeu
-De nada, tchau! –saiu com o passo apressado.
Sim, eu estava morrendo de curiosidade pra ver o que tinha naquele envelope, pensei até que Marina tinha dado uma de romântica e me mandado uma cartinha de amor. 

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